“Vocês pensam nos pobres?
Sentem com os pobres?
Vocês fazem algo pelos pobres?”
Papa aos jovens nas Filipinas, em 18/01/2015
O pobre não é tal simplesmente, porque é preguiçoso.
O pobre, para a Bíblia, especialmente para os profetas, é pobre porque foi feito empobrecido, foi reduzido a uma situação de penúria.
Sente a vida historicamente e não fatalmente ameaçada. Independente da situação moral do pobre (se é religioso, se está na graça de Deus etc).
Deus toma partido por ele (cf. Puebla 1142, onde se afirma isto) porque toma partido pela vida.
Deus entra sempre que a vida está ameaçada ou quando se nega a vida aos outros homens.
Portanto, «esta parcialidade de Deus em favor dos pobres não é pura arbitrariedade de sua vontade senão que é essencial á mesma realidade de Deus.
Então afirmar a predileção de Deus pelos pobres é afirmar de forma concreta que “Deus é Deus da vida…” (J. Sobrino, Dios y los procesos revolucionarios, em Apuntes para una teologia nicaragúense, 1980 III).
A realidade de Deus como Deus da vida é gerar vida.
E Deus socorre e defende aqueles cuja vida está ameaçada ou que menos vida têm.
Portanto, Deus é Deus particularmente dos pobres.
O direito dos pobres, que é um direito ligado à vida, ao seu sustento e desenvolvimento … é direito de Deus.
(Fragmento de palestra proferida por Leonardo Boff, O.F.M. no 1 Encontro Nacional de Grupos de Defesa dos Direitos Humanos – 1982. )
Texto tirado da leitura e pesquisa diária feita por Inês Ferreira , uma amiga-de-facebook que conheci recentemente no grupo Teologia da Libertação, que sempre tem coisas maravilhosas e inspiradores em seu mural.